Projeto A Poupança | A saudável dieta mediterrânica

Esta dieta foi criada por mulheres, que desenvolveram técnicas e segredos de economia doméstica que foram transmitidos de geração em geração, sobretudo quanto à forma de retirar o máximo proveito dos produtos, evitando os desperdícios. A dieta mediterrânica é a mais saudável que se conhece, uma vez que assenta no elevado consumo de vegetais, de frescos sazonais, de peixe e carne branca, entre outros.

Desde dezembro de 2013 que o reconhecimento pela UNESCO da dieta mediterrânica – em Portugal, Espanha, Marrocos, Itália, Grécia, Chipre e Croácia – como Património Cultural Imaterial da Humanidade, reforça, juntamente com a evidência científica existente, que se trata de um modelo cultural, histórico e de saúde. É um padrão alimentar visto como o mais saudável e sustentável no mundo.

A agricultura de subsistência familiar era normalmente praticada em hortas ou terrenos próximos de casa e, assegurava grande parte da alimentação, assim como a criação de aves e outros animais domésticos. O pão é uma presença constante na mesa, utilizado em açordas, migas e sopas. As ervas aromáticas, largamente usadas como forma de condimentar, permite a redução da adição de sal.

A partilha e o convívio são pilares da cozinha mediterrânica. A comida é confecionada e partilhada em recipientes largos, dentro dos quais se combinam diversos produtos, como legumes, pão, ervas aromáticas, peixe, moluscos e bivalves, aves de capoeira, cabrito, borrego e carne de porco. Nesta base estão os pratos tradicionais como sopas, ensopados, caldeiradas e os cozidos.

Saliente-se que a cozinha de festa constituía uma exceção, atualmente muito confundida com a alimentação do quotidiano. Os doces, por exemplo, eram reservados só para os dias de festa e em quantidades reduzidas.

Assim, para melhor se entender os conceitos desta alimentação, deixamos os princípios da alimentação mediterrânea:

• Elevado consumo de alimentos de origem vegetal.
• Consumo de produtos frescos, locais e sazonais.
• Consumo frequente de pescado.
• Consumo pouco frequente ou raro de carnes vermelhas, com preferência as carnes de aves de capoeira, cabrito, borrego e porco doméstico.
• Consumo baixo e moderado de lacticínios.
• Consumo elevado de água e baixo a moderado de vinho, sendo este só para acompanhar as refeições principais.
• Utilização do azeite como principal gordura para cozinhar e temperar os alimentos.
• Métodos de confeção simples.
• Prática de atividade física diária.
• Refeições em família ou entre amigos, promovendo a convivência entre as pessoas à mesa.

Saiba mais sobre alimentação mediterrânica em: https://www.apn.org/documentos/ebooks/Ebook_Dieta_Mediterranica.pdf

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