Skip to main content
Tradutor do google

31 de outubro | Dia Mundial da Poupança

Publicado em 27-10-2023 Atualizado em 06-12-2023
Imagem informativa do Centro de Informação Autárquico ao Consumidor

A criação de uma data que promovesse a noção de poupança, assim como a sua importância, remonta a outubro de 1924, durante o primeiro Congresso Internacional de Economia, que se realizou em Milão. Foi assinalada pela primeira vez, em 1925, pelo Instituto Mundial de Bancos de Poupança, em Itália

Todos os anos no Dia Mundial da Poupança se insiste na importância de poupar, mas na realidade adiamos a sua concretização.

Hoje vive-se um período de crise que, ao gerar uma série de condicionantes que nos impedem de gastar a todos os níveis, obrigam-nos a uma gestão das nossas poupanças de forma mais ativa para minimizar o impacto da inflação, com a subida das taxas.

A poupança tem de começar hoje, não pode ser adiada, não esquecendo que as nossas atitudes repercutem num futuro próximo.

Porque a poupança está ligada a tudo que não se gasta, não se destrói e começa nas nossas casas, eis algumas regras que podem ajudar a gerir as nossas economias:

  • Antes de se começar a poupar, eliminar as dívidas – Enquanto possuir pequenos créditos que penalizam o orçamento familiar, como por exemplo um cartão de crédito, não adianta pensar em poupar. Qualquer atitude para poupar caminhará sempre a um ritmo mais lento do que as dívidas, as quais têm taxas muito mais elevadas;
  • Cuidado onde se procura a informação – Tenha atenção aos conselhos dos amigos e até mesmo do gestor de conta bancária. Mesmo que não haja má intenção, não são a fonte mais credível e isenta nem conhecedora do mercado. Os esquemas piramidais são, na sua maioria, promovidos pelos amigos. Tenha ainda atenção aos influenciadores digitais que dão conselhos, mas são pouco isentos. Para segurança, consulte analistas independentes, os quais são credenciados pela CMVM;
  • Ver a poupança como um “encargo” regular. Poupar apenas o que sobra no final do mês, pode correr o risco de não conseguir poupar qualquer montante. Discipline-se. Assim que receber o salário retire à cabeça um determinado montante ou transfira automaticamente para um PPR;
  • Criar um fundo de emergência – A criação de um fundo financeiro para fazer face a imprevistos é fundamental para se evitar o cartão de crédito. O designado fundo de emergência deve ser o equivalente a seis salários, aplicados em produtos bancários que não ofereçam riscos, com capital garantido e facilmente convertível em dinheiro, como os depósitos e certificados de aforro;
  • Não adiar iniciar a poupança para a reforma. Quanto mais cedo começar, mais pode acumular. O ideal é iniciar quando se entra na vida ativa, mesmo com quantias pequenas, comece a poupar;
  • Diversificar as poupanças por várias instituições bancárias. Existe uma expressão que diz “não coloque os ovos todos no mesmo cesto”. De facto, diversificar as poupanças por vários produtos e instituições diminui o risco. Aplique de preferência, em cada instituição, apenas o montante definido no Fundo de Garantia de Depósitos, que é de 100 mil euros, e no Sistema de Indemnização aos Investidores, que é de 25 mil euros.

Se já tem hábitos de poupança, chegou o momento de pensar em novas maneiras de poupar, principalmente em rentabilizar o dinheiro numa altura em que a inflação sobe, fazendo disparar a taxa Euribor.

  • Poupar nas pequenas coisas do dia a dia. Por exemplo, se toma 2 cafés por dia na pastelaria, a 0,75€ cada um, gasta no final de um mês 45€. Acontece que se tomar apenas um café, vai poupar 22,50€. Como este, existem outros exemplos;
  • Aproveitar as promoções e comprar produtos de branca marca. O ideal será comparar os preços nos vários supermercados da sua área de residência e aproveitar as promoções, tendo em atenção se são mesmo promoções. Compare o preço sobre o qual incide o desconto com o preço do produto na semana anterior. Por outro lado, tenha em vista mudar para as marcas brancas. São mais baratas e, na sua generalidade, a qualidade é muito boa;
  • Poupar na eletricidade e no gás. Para tal use pequenos gestos que passam a hábitos como desligar a luz quando sai de uma divisão. Ter atenção aos consumos “fantasma”, como os carregadores e as luzes das tomadas. Optar por lâmpadas economizadoras. Mudar de comercializador ou até mesmo voltar ao mercado regulado;
  • Vender o que não precisa, tendo em conta que o dinheiro que realizar se destina à poupança e não para gastar na compra de mais coisas que talvez nem necessita;
  • Não gastar mais do que o nosso orçamento. Acontece que por vezes somos levados a gastar no mês mais do que recebemos. Lembrar sempre que as compras a crédito ou em prestações significam um pagamento, por vezes não calculados, nos meses seguintes e com isso vai complicar o orçamento nesses meses;
  • Não utilizar o cartão de crédito para fazer compras. Para além de não ter a sensação de que está a gastar, não tem controlo sobre os respetivos gastos, adiando para o mês seguinte o pagamento. Pior será se não pagar o saldo do cartão a 100%. Sobre o que não for pago, vai recair juros. O Banco de Portugal fixa as taxas máximas, mas estas aplicam-se apenas aos novos cartões. O seu cartão pode ter uma taxa mais alta. Confirme no seu extrato qual a taxa de juro que está a pagar sobre o montante em dívida e deixe de comprar com o cartão de crédito.

Afinal para que se deve poupar?

Deve-se poupar para fazer face a situações ou despesas imprevistas, como a perda do emprego ou doença, sem nos termos que endividar. Deve-se poupar para se ter no futuro. Nos tempos que correm, ao entrar na reforma o corte de rendimentos é significativo e tudo leva a crer que seja ainda maior nos próximos anos. Desta forma, se queremos manter o nível de vida e poder gozá-la, temos mesmo que fazer poupanças hoje para beneficiarmos depois.

Partilhe esta informação.