Dia Mundial dos Direitos do Consumidor – 15 de março (1ª parte)

O consumo é o momento final de um longo e complexo processo de produção de bens e serviços que produtores, distribuidores, comerciantes e prestadores de serviços colocam no mercado para que possam ser adquiridos pelos consumidores.

O consumidor, por sua vez, atua individualmente no mercado.

Os bens e serviços de que necessita são cada vez mais diversificados. Alguns são de tal forma complexos, que obrigam o consumidor a avaliar em função do preço, da qualidade, da segurança, do impacto ambiental, tornando difícil a escolha.

Neste processo, o Estado tem vindo a ganhar um papel mais atuante, produzindo legislação. Tem vindo a reconhecer que, nas relações de consumo, o consumidor é o elemento mais fraco e precisa de apoio na defesa dos seus direitos.

Mas não basta que existam leis. É fundamental que as entidades responsáveis garantam a sua aplicação efetiva e que acima de tudo, que as disposições legais sejam bem conhecidas por todos os consumidores, permitindo-lhes assumir um papel ativo e decisivo no exercício dos seus direitos.

Para tal é importante que no plano escolar e no social, seja dada mais atenção à educação e à formação dos consumidores, de modo a permitir-lhes que desenvolvam competências para exigir informação bem como saberem usar a que está disponível.

Desde 1992, que o CIAC assinala o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, para lembrar os mais elementares direitos, que, apesar de se encontrarem consagrados na constituição, raramente são postos em prática e respeitados.

Numa tentativa de dar resposta a várias questões sobre consumo, o GAM – Gabinete de Apoio ao Munícipe, da Câmara Municipal do Barreiro, através do CIAC – Centro de Informação Autárquico ao Consumidor, levará junto do Cidadão um conjunto de reflexões que permitam um consumo sustentável, para bem de TODOS. 

CONSUMO SUSTENTÁVEL

I PARTE - REDUZIR 

Saber consumir de uma forma responsável, usando recursos naturais para satisfazer as necessidades, sem comprometer as necessidades das futuras gerações, avaliando de forma crítica, se o que queremos ou fazemos é de fato imprescindível.

A ISTO SE CHAMA CONSUMO SUSTENTÁVEL.

Um consumidor responsável é aquele, que antes de adquirir um produto procura informar-se sobre os seus efeitos no ambiente, evitando a compra de bens que não possam ser reciclados no seu fim de vida ou que rapidamente caiam em desuso.

Devemos adquirir apenas o que realmente necessitamos, desta forma não existirá tendências em acumular produtos em excesso, os quais, na sua maioria nem chegam por vezes a ser utilizados.

A CASA E A POUPANÇA DE ENERGIA

Se pensa comprar uma casa, peça antes que lhe seja fornecida uma cópia do Certificado Energético. Se a classificação energética do imóvel for baixa, poderá significar que a fatura de energia será por certo mais alta. Tenha ainda o cuidado de verificar se poderá ter outros encargos com o imóvel.

Aproveite ao máximo a luz solar.

No Inverno, logo pela manhã, abra os estores ou portadas das janelas permitindo a entrada de calor e de luz, voltando a fechar ao fim do dia.

No verão, pela manhã, feche todas as portas, janelas ou portadas de forma a impedir a entrada de calor. Ao fim do dia, abra-as, permitindo assim a renovação de ar e também refrescar a habitação

Escolha portas e janelas energeticamente mais eficientes. Para além de baixar o custo das faturas de energia, também baixará o nível de ruído dentro de casa.

As luzes ou aparelhos ligados inutilmente levam a consumos fantasmas, os quais não sendo aproveitados em usufruto para o utilizador, elevam a fatura de energia elétrica.

Opte por lâmpadas Led ou de baixo consumo. Na verdade são mais caras, mas com o decorrer do tempo vai recuperar o investimento efetuado.

Se reside em áreas onde o sol abunda quase todo o ano e tem condições económicas que permitam investir, instale painéis solares no telhado da sua habitação, ou mesmo no jardim ou terraço. Os painéis produzem energia térmica, isto é, convertem a luz do sol em calor aquecimento de água, ou fotovoltaica, que convertem a luz solar em eletricidade.

Existem ofertas de mercado que podem facilitar a sua aquisição. Informe-se.

Pensa construir uma casa? Já pensou numa casa de madeira? Para além de ser energeticamente mais eficiente, tem a possibilidade de ser colocada em terreno rústico e de ser uma solução mais económica se compararmos com a construção em alvenaria.

Gosta de jardinagem ou de horticultura? Aproveite resíduos orgânicos, como as cascas de frutas e legumes e outros resíduos para fazer compostagem. Poderá usar como fertilizante natural na horta ou no jardim. 

OS ELETRODOMÉSTICOS – SUA EFICÁCIA E EFICIÊNCIA 

O seu frigorífico avariou? Pensa adquirir um bem novo, aquele que está naquela promoção?

Tenha atenção às promoções! Por vezes os produtos colocados em promoção, apesar de serem mais baratos, poderão ter menos eficiência energética, isto é pertencer a uma classe inferior, porque consomem mais energia.

As máquinas de lavar roupa, loiça, de secar, arcas congeladoras, frigoríficos e combinados, ar condicionado e televisores, devem exibir nos locais de venda as respetivas etiquetas, indicando a classe energética a que correspondem. Analise-as e compare-as antes de decidir comprar, preferindo aparelhos de classe A+ ou superior.

O equipamento de frio (arcas, combinados, frigoríficos), devem ser colocados longe de fontes de calor, como por exemplo, exposição ao sol ou junto de um forno, evitando assim um maior consumo de energia.

Descongele a sua arca com regularidade. Caso tenha um equipamento no frost, não existe tal necessidade. A acumulação de gelo impede a circulação do ar frio, obrigando a um maior consumo de energia.

Regule a temperatura dos equipamentos, de acordo com a época do ano, evitando a abertura das portas com muita frequência ou demasiado tempo.

Utilize a máquina de lavar louça e roupa sempre com carga máxima e no programa adequado. Caso tenha programação “ECO” use-a.

Desligue os aparelhos sempre que estes não estejam a ser utilizados. Utilize tomadas com interruptor nos aparelhos com função stand by ou com luz de presença.

Aproveite dias de sol ou de vento para secar a roupa, evitando o uso da máquina de secar.

Substitua os seus eletrodomésticos ou equipamentos eletrónicos apenas quando estes deixarem de cumprir a sua função. A compra de novos modelos, na maior parte dos casos, apenas difere do seu na aparência.

Lembre-se, que o tempo expectável de vida do novo modelo será provavelmente inferior ao modelo que possui. É a chamada “obsolescência programada”.

A ÁGUA

Reduza o custo da sua fatura de água.

Não lave a loiça em água corrente. Se tiver máquina de lavar loiça, utilize-a em carga máxima.

Quando estiver no duche, desligue a água enquanto se ensaboa. Recolha a água fria do duche num recipiente, enquanto a quente não chega e esta água poderá reutilizar, nas descargas do autoclismo.

Quando lavar os dentes, utilize um copo no qual receba a água que for necessária para efetuar a sua higiene oral.

NÃO HÁ VIDA SEM ÁGUA. Os recursos de água doce não são inesgotáveis. 

Coloque redutores de caudal em todas as torneiras e limpe-os com regularidade.

Para poupar no consumo do autoclismo, mesmo que tenha descarga de menor consumo, coloque uma garrafa cheia de água no seu interior.

Se detetar uma fuga de água, na via publica (jardim, rua,…) alerte a entidade fornecedora/gestora, que no Município do Barreiro é a Câmara Municipal, Divisão de Águas e Resíduos.

Se tem jardim ou terraço, opte pela rega gota a gota, tendo em atenção o diâmetro do tubo de rega e regule o temporizador para o período da noite.

Na rega manual, faça-o de manhã bem cedo ou ao cair da noite, porque as árvores e plantas tiram melhor partido da rega fora dos períodos de maior calor, não havendo desperdício da água utilizada nas respetivas regas. 

Câmara Municipal do Barreiro / GAM/CIAC

Telefone: 212068052

 E-mail: ciac@cm-barreiro.pt