Consumo Sustentável | As Alterações Climáticas e a Economia Mundial - Parte 1

“Quando falamos de desenvolvimento sustentável, referimo-nos a um desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer as capacidades das gerações futuras de suprirem as suas próprias necessidades”
(Relatório Brundtland, “O Nosso Futuro Comum”, 1987).
Em 3 décadas de existência, este conceito, veio afirmar uma visão critica do modelo de desenvolvimento então em vigor nos países desenvolvidos e reproduzido nos países em desenvolvimento, com forte pressão relativamente ao uso de recursos naturais, sem ter em conta a capacidade de suportar ecossistemas e baseado em padrões de produção e consumo incompatíveis com a utilização razoável dos recursos do planeta. Procurou-se assim, um modelo de desenvolvimento alternativo que promovesse o equilíbrio da interligação entre 3 pilares fundamentais: social, económico e ambiental.
Em 2015, na nova “Agenda para a Ação Global” há uma fusão da agenda internacional de Desenvolvimento com a agenda ligada ao Ambiente, atualizando o conceito de desenvolvimento sustentável e adotando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável Universais como elo de ligação entre todos os países, na ambição comum de “tornar ainda num planeta melhor e com futuro”.
Neste contexto o designado “crescimento verde” ao direcionar para modelos de desenvolvimento que valorizam e reconhecem os recursos naturais como bens essenciais ao bem-estar e sustento das pessoas, afigura-se um conjunto com o reforço da coerência de politicas primordiais para se atingir o desenvolvimento sustentável e concretizar até 2030 os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Os cientistas alertam para as irreversíveis alterações nos sistemas climáticos da Terra, significa que estamos a viver um estado de emergência planetária. Estes alertam ainda para a existência de vários pontos de inflexão que pode culminar num ponto de inflexão global, onde vários sistemas terrestres atingem o ponto de não retorno. O colapso dos sistemas da Terra pode levar a condições de “estufa”, com um aumento da temperatura global, uma subida das águas do mar, juntamente com a perda completa dos recifes de coral de todo o mundo e da floresta da Amazónia, deixando inabitáveis imensas áreas do planeta.
“O impacto das alterações climáticas faz-se sentir de forma transversal a todas as escalas de vida das pessoas (…) Esse mal-estar estende-se facilmente a emoções mais profundas e perturbadoras: uma paisagem devastada de onde desapareceram as plantas, as árvores e os animais familiares; um litoral arruinado, sem aquela nossa praia de sempre, e cuja nossa figura não tem qualquer registo nas memórias individuais. Esta sensação de perda das paisagens chega a criar uma figura de nostalgia que já tem nome: “solastalgia”.
Luisa Schmidt do instituto de Ciências Sociais da Universidade de lisboa, coordenadora do Observatório do Ambiente, Território e Sociedade.
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O CIAC, deixa alguns sites nos quais poderá obter mais informação sobre a matéria.
Saiba mais em:
https://www.instituto-camoes.pt/images/agendaPos2015/FichaAED_DesenvSustentAcaoClimatica.pdf
https://ec.europa.eu/clima/sites/clima/files/youth_magazine_pt.pdf