Igreja de Santa Maria
A construção desta Igreja destinava-se a responder a um fenómeno que se revelou nos anos 60: o crescimento urbano do Barreiro para Sul e Nascente (dando origem às freguesias da Verderena e do Alto do Seixalinho nas décadas seguintes) e a não existência de uma igreja nesta zona.
A Igreja é da autoria do arquiteto barreirense Joaquim Cabeça Padrão e insere-se numa nova tipologia de igrejas integradas no chamado Movimento de Renovação da Arte Religiosa (movimento crítico no seio da Igreja).
São edifícios de estruturas muito ousadas que utilizam materiais vulgares como o betão acabando por lhe conferir um ar nobre. Procuravam ainda atualizar os métodos da catequese.
A Igreja de Santa Maria impõe-se pelas suas dimensões, podendo abrigar cerca de mil pessoas sentada, e pela sobriedade e despojamento ornamental.
Compõe-se de 3 pisos: cave com sala de projeções; piso térreo onde se desenvolve o templo e piso superior reservado a serviços da Fábrica da Igreja.
A planta do piso térreo compõe-se de: pórtico, nártex, nave principal, transepto, altar-mor, batistérios, sacristia, capela lateral, capela funerária e outras dependências.
O corpo principal que se eleva a 16 m de altura é antecedido de pórtico esculpido.
Interiormente, na ala esquerda do nártex está colocado o batistério.
A pia batismal em mármore negro, em plano inferior, sugere a tradição das piscinas romanas. Do lado oposto encontra-se a capela de Nª Srª de Fátima. No cruzamento da nave central com o transepto fica o altar-mor, eixo de toda a composição. A parede fundeira, em cantaria aparelhada geometrizada, é iluminada por luz rasante proveniente das janelas laterais.